13 de maio de 2013

Saúde pressiona a inflação

Depois dos remédios, planos de saúde vão fazer IPCA subir. Em abril, índice ficou em 0,55%

 

O Dia

O grupo Saúde e Cuidados Pessoais manterá a pressão sobre a inflação nos próximos meses. Depois da correção dos remédios, o reajuste dos planos de saúde individuais — que incidirá para 10 milhões de usuários no país — será fator que jogará a inflação para cima. O aumento dos planos está previsto para este mês. Ontem, o IBGE divulgou que o IPCA (índice oficial) de abril subiu 0,55%, tendo como principal impacto os medicamentos, que tiveram alta de 2,70% a 6,31% para o consumidor. Com o resultado de abril, o IPCA acumula 6,49% nos últimos 12 meses, encostando no teto da meta inflacionária do governo, de 6,5%. Em março, ficou me 0,49%.

Luanda Souza reclama do preço dos medicamentos: “É um absurdo” Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia

“O setor de plano de saúde reclama de aumento de custo de insumos, médicos, enfermeiros e pessoal de atendimento nos consultórios. A correção do planos individuais vai pressionar a inflação sim”, avalia Gilberto Braga, professor de Finanças do Ibmec-RJ.

Em 2012, os planos foram autorizados a corrigir mensalidades individuais em 7,93%, muito superior a inflação de 6,50% em 2011.

Os direitos das domésticas também fizeram a inflação subir, com alta de 1,25%. Foi o segundo maior fator de estímulo. O resultado é um pouco menor se comparado a março, que ficou em 1,53%, mas subiu em relação a fevereiro (1,12%). As despesas com Habitação aumentaram 0,62% em abril. O hábito de comer fora de casa pesou 0,9%.

A coordenadora de Recursos Humanos, Luanda da Silva Souza, 31 anos, reclama que o preço dos medicamentos subiu. “É um absurdo, a gente não pode deixar de comprar remédio”, diz.

Alimento freia subida maior

Alimentos incluídos na desoneração da cesta básica evitaram que o IPCA de abril fosse maior. Dos produtos que tiveram redução de impostos, carnes (-1,78%), frango inteiro (-1,92%), frango em pedaços (-1,58%), arroz (-1,87%) e açúcar refinado (-4,5%) deram refresco à inflação. Para Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE, fatores como a safra influenciaram a queda de preços. Mas a diminuição dos impostos deve ser considerada também.

 

Matéria retirada do Site O Dia Online.

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