Vereador questiona contrato de televisão com a ALE
Para Kelmann Vieira, TV Câmara não tem mais sentido sem a transmissão das sessões ao vivo
Erik Maia
27 Jun de 2013
A Câmara Municipal de Maceió (CMM) está querendo renegociar o valor pago para a manutenção dos serviços de transmissão das sessões via internet e via TV Assembleia. Segundo os vereadores, o valor pago hoje daria direito a transmissão ao vivo das sessões, via TV Assembleia, o que deixou de acontecer após a mudança de horário da sessão da manhã para as tardes.
A polêmica foi levantada pelo 1º secretário da Mesa Diretora, vereador Kelmann Vieira (PMDB). Em uma entrevista de televisão, o peemedebista disse que a Casa de Mário Guimarães tinha um custo de R$ 57 mil, para manter os equipamentos e transmiti-las apenas durante as madrugadas, não havendo a transmissão das sessões ao vivo, via canal de TV fechada, com era antigamente.“O meu posicionamento foi no sentido de conter gastos. No começo do ano, a imprensa alagoana deu ampla visibilidade às discussões sobre o aumento do duodécimo da Casa. Eu sempre me posicionei contra a esse aumento, então como primeiro secretário, eu proponho que nós devemos cortar custos desenecessários”, defendeu o parlamentar.
Kelmann diz ainda que não é contra ao funcionamento da TV Câmara, mas acha que o contrato inicial não está sendo cumprido. Por este motivo, o vereador defende que no caso das sessões não poderem mais ser transmitidas ao vivo, a TV Câmara deveria ser extinta.
“O contrato deste serviço contava com a transmissão ao vivo da sessão e eu concordo com a Heloísa Helene [PSOL], quando ela afirma que essa é uma ferramenta que dá visibilidade as ações da Câmara, mas com a mudança no horário das sessões esse contrato perdeu o sentido”, explicou.
Outro ponto que o peemedebista usa como argumento é a possibilidade do uso de uma emissora de TV aberta onde as sessões poderão ser transmitidas. “O presidente vem batalhando junto ao Senado a liberação da concessão da TV Senado, onde poderíamos assim manter esse serviço em sinal aberto atingindo um público bem maior do que a transmissão da sessão corujão”, declarou.
O presidente da Câmara, Chico Filho (PP), corrigiu seu 1º secretário ao informar o valor do contrato “de R$ 52 mil” e esclareceu que o contrato prevê a transmissão ao vivo e as reprises, em outros dois horários, como também nos finais de semana. Mas Chico Filho também acha que o valor pago é alto já que as sessões não são mais transmitidas ao vivo.
“Eu já conversei isso com o Kelmann. Também acho que o valor é alto, já que não dispomos mais da transmissão via TV. Por isso, nós estamos avaliando a planilha de custos para saber se podemos renegociar esse valor junto a empresa”, pontuou o presidente.
Reprodução Tribuna Hoje.